Automação no service desk: quando fazer?

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A transformação digital tem acelerado a adoção de tecnologias que aumentam a eficiência operacional em diversas áreas das empresas — e o service desk é uma das mais impactadas por esse movimento. Assim, a automação no service desk tem ganhado destaque, impulsionada por soluções como chatbots, workflows inteligentes e inteligência artificial, que trazem mais agilidade na resolução de tickets e contribuem para a redução de custos. 

Além disso, o comportamento dos usuários também mudou. De acordo com um estudo da Sercom, 64% dos brasileiros já preferem ser atendidos por canais digitais ou aplicativos de mensagens, como WhatsApp e Telegram. Paralelamente, as empresas enfrentam o desafio de manter a qualidade e a experiência do usuário (UX) sem abrir mão da velocidade no atendimento. Esse cenário reforça o papel estratégico da automação no service desk. 

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Benefícios da automação no service desk 

A princípio, a adoção da automação no service desk oferece uma série de benefícios operacionais e estratégicos. Entre os principais, destacam-se: 

  • Redução de custos operacionais: Atividades repetitivas e de baixo valor agregado, como reset de senha ou acompanhamento de status de chamados, passam a ser realizadas de forma automática. 
  • Disponibilidade 24/7: Chatbots, voice bots e assistentes virtuais garantem que o usuário tenha suporte a qualquer momento, inclusive fora do horário comercial. 
  • Resolução rápida de tickets simples: Consultas a FAQs, desbloqueio de contas ou solicitações de serviços padronizados podem ser tratadas de forma autônoma pelas ferramentas. 
  • Escalabilidade do atendimento: A automação permite lidar com picos de demanda sem a necessidade de ampliar a equipe. 

Um sinal claro dessa tendência é que 70% das empresas brasileiras já oferecem atendimento por redes sociais e 69% utilizam agentes virtuais ou chatbots, segundo a 5ª edição do relatório State of Service. Além disso, organizações com altos níveis de satisfação do cliente investem mais em automação: globalmente, 65% delas utilizam ferramentas automatizadas, enquanto no Brasil essa taxa é de 46%. 

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Onde a automação no service desk faz mais sentido 

Nesse sentido, para obter o máximo retorno, é fundamental aplicar a automação de forma estratégica. Os casos de uso mais comuns incluem: 

  • Atendimento de primeiro nível (N1): Incidentes de baixa complexidade, alta repetitividade e soluções padronizadas. 
  • Portais de autoatendimento: Catálogos de serviços com workflows automatizados, bases de conhecimento e FAQs dinâmicas. 
  • Triagem inteligente de chamados: Ferramentas que realizam a classificação, categorização e priorização de tickets, com base em regras predefinidas ou por meio de inteligência artificial. 
  • Geração proativa de tickets: Integração com ferramentas de monitoramento (ITOM) para criação automática de chamados sempre que anomalias ou falhas são detectadas. 

Esse movimento já é evidente no mercado brasileiro. Muitas empresas ampliaram seus canais digitais e fortaleceram a cultura de autoatendimento para agilizar a resolução de demandas simples e reduzir o tempo de resposta. 

Limitações da automação: quando a intervenção humana é indispensável 

Apesar dos avanços tecnológicos, a automação no service desk apresenta limitações claras. Ela não é recomendada para: 

  • Incidentes de alta complexidade: Problemas que exigem diagnóstico técnico, análise de causa raiz ou interação entre múltiplas áreas. 
  • Atendimentos que exigem empatia: Situações com usuários insatisfeitos, emocionalmente abalados ou que necessitam de acolhimento humano. 
  • Usuários com baixa maturidade digital: Pessoas que têm dificuldades com interfaces automatizadas ou com canais de autoatendimento. 
  • Demandas que exigem criatividade ou decisão contextual: Casos fora dos fluxos pré-definidos, onde o julgamento humano faz diferença. 

Enfim, reconhecer esses limites é essencial para garantir uma boa experiência ao usuário final e manter a eficiência operacional. 

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A importância da presença humana no service desk 

Os profissionais de service desk continuam desempenhando um papel insubstituível em diversos pontos da jornada de atendimento. Entre suas principais contribuições, estão: 

  • Garantir a satisfação do usuário final: Especialmente em incidentes críticos ou de grande impacto. 
  • Gerenciar crises: Tomar decisões rápidas, priorizar atendimentos e envolver as áreas responsáveis quando necessário. 
  • Realizar escuta ativa e análise contextual: Compreender as reais necessidades do usuário, muitas vezes não explícitas na descrição inicial do ticket. 
  • Personalizar o atendimento: Adaptar a comunicação conforme o perfil e o nível técnico de cada usuário. 

Essa interação humana é essencial para construir confiança e melhorar a percepção da qualidade do serviço prestado. 

Como encontrar o equilíbrio ideal: automação e inteligência humana trabalhando juntas 

O modelo mais recomendado para um service desk moderno é o modelo híbrido, que combina tecnologia e inteligência humana. Algumas boas práticas para alcançar esse equilíbrio incluem: 

  • Utilizar a automação como suporte ao analista: Soluções de IA podem sugerir respostas ou oferecer o histórico de atendimentos, mas a decisão final permanece com o profissional. 
  • Definir regras claras de escalonamento: A automação precisa identificar rapidamente quando transferir um chamado para atendimento humano. 
  • Monitorar indicadores de desempenho (KPIs): Acompanhamento constante de métricas como FCR (First Call Resolution), SLA (Service Level Agreement), NPS (Net Promoter Score) e CSAT (Customer Satisfaction Score) permite avaliar os impactos da automação. 
  • Adotar uma implementação gradual: Comece com automações de baixo risco, valide os resultados e evolua de forma incremental. 

Portanto, a automação no service desk é uma aliada estratégica para aumentar a produtividade, melhorar os tempos de resposta e elevar a experiência do usuário. No entanto, ela não substitui o valor da atuação humana, principalmente nos atendimentos que exigem análise crítica, empatia e soluções fora do padrão. 

Antes de decidir o nível ideal de automação, avalie o perfil dos seus usuários, os tipos de chamados mais frequentes e os objetivos estratégicos da área de suporte. Encontrar o equilíbrio entre tecnologia e inteligência humana é a chave para um service desk eficiente, ágil e focado na satisfação do cliente. 

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Escrito por Belago

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e escrito pela equipe de especialistas da Belago. Esperamos que você tenha gostado :)