Observabilidade: quando usar e como combinar com o monitoramento 

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Seu sistema está lento, mas não há nenhum alarme ativo. Tudo parece “ok” nos dashboards, mas o cliente está reclamando. Esse tipo de cenário ocorre quando o monitoramento tradicional já não dá conta. E é aí que entra a observabilidade

Por isso, saiba a diferença entre os dois, como cada abordagem funciona e quando ou por que você deve implementar as duas estratégias de forma complementar. 

Primeiramente, o monitoramento é a prática de coletar, analisar e exibir dados sobre o desempenho e a saúde de sistemas e infraestruturas. Ele se baseia em métricas pré-definidas e alertas configurados para indicar quando algo está fora do esperado. 

Exemplo prático: se o uso da CPU ultrapassar 80%, um alerta é disparado. No entanto, o monitoramento tradicional depende do conhecimento prévio do que deve ser medido. 

Já a observabilidade é a capacidade de entender o que está acontecendo internamente em um sistema, mesmo sem saber exatamente o que procurar. Ou seja, ela permite diagnosticar comportamentos inesperados com base em evidências (logs, métricas e traces), mesmo na ausência de alertas previamente configurados. 

Exemplo prático: um serviço apresenta lentidão apenas em horários específicos. Com a observabilidade, é possível identificar que há um gargalo em uma API externa, mesmo sem um alerta tradicional preparado para isso. 

Leia também: Observabilidade: pilar da eficiência em TI – Belago 

Evolução: do monitoramento à observabilidade 

Tradicionalmente, o monitoramento era suficiente em arquiteturas monolíticas e ambientes com poucas variáveis. Porém, com a adoção de microserviços, ambientes distribuídos e cloud, surgiram novos desafios, como a interdependência entre serviços e as falhas silenciosas. 

Desse modo, para atender a essas novas demandas, ferramentas como Prometheus, ELK, Datadog e Grafana evoluíram e passaram a integrar funcionalidades de observabilidade. 

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Casos de uso: quando usar cada um 

Dito isso, saber quando usar monitoramento ou observabilidade pode fazer toda a diferença na hora de identificar falhas e responder a incidentes de cibersegurança. 

A tabela a seguir mostra em quais cenários cada abordagem é mais indicada: 

Situação Melhor abordagem 
Controle de recursos (CPU, memória, disco) Monitoramento 
Diagnóstico de falhas complexas Observabilidade 
Resposta rápida a incidentes conhecidos Monitoramento 
Análise de causas raízes (RCA) Observabilidade 
Ambientes simples Monitoramento 
Ambientes distribuídos/microserviços Observabilidade 

Dica: em times SRE (Site Reliability Engineering), é comum adotar as duas abordagens de forma complementar, priorizando a observabilidade em sistemas críticos e distribuídos. 

Leia também: Como avaliar a eficiência do NOC com indicadores – Belago 

Como implementar na prática 

Para equipes iniciantes 

  1. Defina os principais indicadores de negócio e técnicos 
  1. Comece com monitoramento básico 
  1. Estruture os logs 
  1. Introduza tracing distribuído 

Para equipes maduras 

  • Adote ferramentas de observabilidade unificada  
  • Implemente dashboards integrados e alertas baseados na correlação entre métricas, logs e traces 
  • Instrumente o código com bibliotecas compatíveis 

Importante: observabilidade não só se resume a ferramentas, como também envolve cultura e arquitetura. Portanto, sem instrumentação adequada ou profissionais capacitados, os dados capturados têm pouca utilidade. 

Desafios comuns 

  • Alta volumetria de dados: exige mais investimento em armazenamento e processamento. 
  • Falsos positivos ou negativos: alertas mal configurados reduzem a confiança na operação. 
  • Logs não estruturados: dificultam análises automatizadas e precisas. 
  • Falta de expertise: ferramentas complexas exigem tempo de aprendizado e mudanças culturais. 

ROI e benefícios para o negócio 

Investir em monitoramento e observabilidade reduz o tempo médio de detecção e resolução de incidentes (MTTR), melhora a confiabilidade e a experiência do cliente, além de evitar perdas de receita por indisponibilidade. 

Empresas com boa maturidade em observabilidade: 

  • Reduzem em o tempo necessário para identificar causas raízes 
  • Diminuem a quantidade de incidentes críticos 
  • Aumentam a eficiência operacional 

Além disso, é possível justificar o investimento ao demonstrar como essas práticas sustentam SLAs e SLOs, elevam o NPS e fortalecem a resiliência do negócio. 

A observabilidade e monitoramento não competem, se complementam 

Então, enquanto o monitoramento cuida daquilo que você já conhece, a observabilidade revela o que ainda não está claro. 

Comece pequeno, focando na instrumentação de serviços críticos. Depois, evolua com base em resultados reais e transforme dados em decisões inteligentes. 

E na sua empresa? Como você enxerga o equilíbrio entre monitoramento e observabilidade nos seus sistemas? Conte com nossos especialistas para uma implementação eficaz e segura. 

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Escrito por Belago

Olá! Este artigo foi pensado, desenvolvido
e escrito pela equipe de especialistas da Belago. Esperamos que você tenha gostado :)

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